sábado, 1 de agosto de 2009

Apenas viva !

Pensar em como eu estava, ou achava que estava, vivendo me provoca calafrios. Não me traz arrependimentos, mas também não me dá orgulho. Eu aprendi muito, isso sim. Passei mais de um ano vivendo atrás de uma tela de computador respirando para outras pessoas, sem saber e sem querer deixá-las. Ficava até altas horas da madrugada digitando com gente que eu nunca vi, com meninos, meninas, homens e mulheres, que me faziam bem. Tive relacionamentos duradouros e outros que não possuem grande parte da minha memória. Chorei nas muitas despedidas que tive, e pulava de felicidade a cada novo contato que aparecia. Assim foi indo, manhãs, tardes, noites, em um mesmo lugar: a cadeira do computador. Tentei muitas vezes abrir mão disso tudo e voltar a viver aquela realidade que me assustava, mas que era necessária. Entretanto, todas essas tentativas foram derrubadas com qualquer detalhe que ressaltava de repente.
E tudo mudou nessas férias de Julho/09. Não tenho uma normal história para contar, mas passei a carregar comigo experiências que me deram valores impagáveis. Aprendi o valor de um sonho realizado, uma dificuldade superada e um objetivo repentino mantido com persistência. Em duas semanas eu pude aprender tudo aquilo que a tela do computador havia me impedido. Toda aquela realidade assustadora se transformou em algo encantador que vale a pena arriscar a viver.
Nada mais me prende naquilo que antes era minha inspiração, não procuro mais pessoas que me ajudem a decifrar os segredos da vida, tampouco pessoas que, comigo, tentariam diferenciar e nomear determinados sentimentos. Deixei de me preocupar com isso!
Trago como marca de uma nova fase da minha vida a excitação de estar voltando com força e garra para enfrentar tudo. Sem tentativas de decifrar ou diferenciar algum sentimento, e sim procurar senti-los e vivê-los.

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